Marketing médico: como desenvolver uma estratégia de resultados?

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Marketing médico: como desenvolver uma estratégia de resultados?

Atualizado em: 16/06/2023 | Publicado em: 07/01/2020

Marketing médico é toda e qualquer ação que você ou sua equipe realiza ao estruturar o relacionamento com o seu paciente. Inclui a etapa de captação, atendimento e pós-atendimento. Não entendeu? Então, vamos exemplificar.

Digamos que você seja o administrador, diretor ou sócio de uma Clínica de Oftalmologia que tem como objetivo estratégico tornar-se referência regional em oftalmologia e fidelizar os pacientes. O que poderia ser feito para alcançar essa meta?

    • Executar uma ação de comunicação, a fim de ganhar visibilidade na imprensa ou na internet para atrair novos pacientes.
    • Revisar se o equipamento e a infraestrutura da clínica estão adequados ao bom atendimento.
    • Qualificar a identidade visual e atuação online.
    • Capacitar a equipe para torná-la excelente no atendimento às pessoas.
    • Engajar-se em uma campanha para promoção da saúde e prevenção de doenças.
    • Contratar uma agência especializada para elaborar e executar um plano estratégico, alinhado ao objetivo (tornar a clínica conhecida).

Percebeu como são várias as alternativas? Existem muito mais e todas elas fazem parte do marketing médico.

O conceito é amplo e vai muito além da simples divulgação. Na verdade, engloba todas as facetas. É como se tudo (identidade visual, infraestrutura, site, conteúdo, equipe, comunicação e afins) fizesse parte de um grande quebra-cabeça em que as peças precisam estar bem moldadas para se encaixar e atingir o objetivo final.

Por onde começar?

Primeiro, você precisa conhecer todas as determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM) relacionadas à divulgação do trabalho do médico, ou do seu Conselho no caso de outra formação. Para garantir a idoneidade e credibilidade dos profissionais da saúde e a segurança dos pacientes, alguns conselhos profissionais estabelecem normas para a divulgação dos serviços.

É importante conhecê-las e segui-las. Faz parte da construção de um trabalho sério e incontestável. Na medicina, as diretrizes da publicidade médica estão descritas na Resolução CFM nº 1.974/11. Leia aqui.

Em segundo lugar, é necessário compreender que há diferenças com o marketing convencional. A principal delas é que, no marketing médico, não vemos as pessoas como clientes, como acontece no tradicional (normalmente utilizado na comunicação das grandes redes de varejo). Vemos as pessoas como elas são: pacientes que têm questões a resolver e precisam solucioná-las, preferencialmente com uma assistência de qualidade e humanismo.

As estratégias também se modificam. Diferentemente do convencional, que aborda  o público-alvo de maneira intrometida (como acontece com as propagandas padrão veiculadas na televisão e rádio, por exemplo), nesse caso, o foco é oferecer a informação para quem busca por ela, o que se torna mais fácil e assertivo com as ferramentas da internet.

Ou seja, o que fazemos é unir os serviços em saúde às pessoas que precisam deles por meio do uso de um conjunto de ferramentas (vamos falar sobre todas elas a seguir) que, utilizadas corretamente, são efetivas para alcançar os resultados esperados.

Ferramentas imprescindíveis para uma boa estratégia

Mas quem são as pessoas que precisam do seu serviço de saúde? Essa é a primeira grande questão que você precisa responder ao iniciar o planejamento: quem é o seu paciente, a sua persona?

Uma boa estratégia começa pela definição do perfil de pessoas que você quer atender no consultório, pois todas as ações planejadas serão voltadas para esse público específico, na tentativa de atraí-lo, conquistá-lo e fidelizá-lo como paciente. Então, a primeira ferramenta imprescindível para uma boa estratégia é:

Definir o público-alvo

Saber, ou melhor, conhecer o perfil do paciente que você tem e/ou quer ter é o insumo básico, a primeira coisa que se precisa ter bem definida, caso ainda não o tenha feito. É com base nesse conhecimento que se torna possível desenvolver estratégias que fomentem esse público, antecipem suas necessidades e surpreenda-o ao satisfazê-lo sem que uma palavra tenha sido mencionada a respeito.

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As chances da relação de troca se estabelecer e ser perene são maiores quando o perfil de público e o que ele efetivamente deseja e necessita estão conectados. A fidelização depende da estratégia de gestão na saúde estar alinhada às expectativas das pessoas.

A análise do público-alvo, com as ferramentas disponíveis, permite compreender bem para quem é o serviço e o que vai ser ofertado para atender às expectativas dessas pessoas. Para saber especificamente quem é a pessoa (ou persona) que quer ou espera que vá até o consultório é preciso:

Levantar hipóteses

Pensar aleatoriamente e sem muito filtro que tipo de paciente você ficaria feliz em atender.

Fazer entrevistas

Realmente conversar com os pacientes que hoje vão ao consultório ou clínica – e que tenham o perfil adequado, a fim de descobrir idade, situação econômica, profissão, estado civil, se tem filhos, o que busca ao estar ali e outras informações que possam interessar para construir o ‘paciente ideal’.

A conversa deve ser um diálogo aberto, sem roteiro. Uma dica é deixar a pessoa contar-lhe a história dela, anotar o que considerar importante e questionar quando surgir alguma informação que desperte curiosidade (método conhecido como design thinking).

Pesquisar fontes secundárias

Essa pesquisa significa ver como os pacientes com o perfil esperado (ou brevemente traçado com o auxílio das sugestões anteriores) estão interagindo nas redes sociais, por exemplo. É uma boa maneira de adquirir uma noção do que deve constar na sua estratégia de marketing médico.

Observe sobre o que elas gostam de comentar, o que desperta sua atenção para compartilhar ou curtir. Isso aumenta a chance de ser mais assertivo em todas as etapas do planejamento.

Feito isso, você precisa prestar atenção:
  1. à elaboração da identidade visual;
  2. à construção de um site;
  3. ao marketing de conteúdo;
  4. ao marketing digital;
  5. aos links patrocinados;
  6. ao marketing de relacionamento;
  7. ao uso de CTAs;
  8. ao bom atendimento;
  9. às ações de fidelização do paciente.

Parece muita coisa? Sim, é uma lista longa. Por isso, alguns médicos ou clínicas preferem ter a assessoria de uma agência de marketing digital especializada na área da saúde para elaborar e executar o planejamento. Todavia, mesmo que esse seja o seu plano, é importante compreender um pouco mais sobre cada uma dessas ferramentas.

Leia também: Como escolher uma agência de marketing para atender a sua clínica?

Elaboração da identidade visual

A frase “uma imagem diz mais do que mil palavras” traduz bem a importância de uma identidade visual bem elaborada. Ela deve despertar em quem a vê a sensação correta e deve transmitir os diferenciais e valores que se quer ter reconhecidos. Também precisa estar presente em tudo o que estiver relacionado ao seu trabalho (placas de identificação, cartão de visita, receituário, site, redes sociais e afins),respeitando uma uniformidade e coerência visual.

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A identidade visual é extremamente importante e uma das primeiras coisas a ser analisada na construção da estratégia. Se o profissional ou clínica possui esse cuidado e se ela realmente atende às necessidades. Caso possua, ela pode ser reformulada para se adequar ao objetivo ou então ser criada, caso seja necessário, de acordo com os valores que se quer ter identificados (confiança, modernidade, etc.).

Há casos em que a identidade visual já está pronta quando se inicia o planejamento de ações e não é preciso alterá-la por já ter uma identificação consolidada, coerente e de qualidade. Estando tudo isso certo, segue-se para o próximo passo: a presença online.

Construção de um site

Aqui há duas questões a serem pensadas:

    • o médico ou a clínica não possui site;
    • o médico ou a clínica já possui um site, porém, desatualizado.

Qualquer uma das situações não é boa para uma estratégia que se espera que seja eficaz. Pense só se a Clínica de Oftalmologia (que usamos de exemplo no começo do texto) não possuir um site, como ela será encontrada, por mais que contenha bons profissionais?

Esta situação, provavelmente, já aconteceu com você. Um paciente seu o recomendou para um conhecido. Este conhecido quis marcar uma consulta e, para isso, fez uma busca sobre você no Google, na esperança de encontrar seu site, contendo o número do seu telefone. No entanto, o único local em que ele conseguiu o seu contato foi em um desses sites que funcionam como listas telefônicas de serviços médicos, que não possuem nenhuma outra informação a seu respeito. Uma pena!

Talvez, sem poder conhecer melhor o seu serviço naquele momento da busca e sem a recomendação do seu paciente, o conhecido teria desistido de agendar a consulta. Viu como o site é importante?

Como deu para perceber, o site é uma ferramenta que serve como âncora para cada parte do plano. E muito mais! É onde é possível demonstrar seu conhecimento e preocupação com o bem-estar das pessoas por meio das informações que compartilhar ou disponibilizar.

Site desatualizado

De nada adianta você ter um site com suas informações de contato e seu currículo se ele não traz nenhuma informação detalhada sobre os procedimentos e tratamentos que realiza ou qualquer outra novidade que possa interessar aos seus pacientes.

As pessoas logo desistem de acompanhar um site assim. No máximo, o utilizam como agenda telefônica e nada mais. Além disso, provavelmente, um site como esse não terá um bom posicionamento no Google ou em outros buscadores. Não é isso o que você quer para si ou sua clínica, certo?

Ótimo! Então, busque desenvolver um site que seja responsivo (que possa ser facilmente acessado em tablets e smartphones, por exemplo) e otimizado para estar entre os primeiros sites sugeridos pelo Google nos resultados de busca.

Além disso, o site precisa ser atualizado constantemente. Investir em uma boa estratégia de marketing de conteúdo (falamos nisso no próximo tópico) é uma solução que permite disponibilizar aos atuais e futuros pacientes informações úteis e, mais do que isso, fidelizá-los. É isso o que você quer? Que bom! Continue lendo que diremos o que mais precisa ser feito.

Marketing de conteúdo

Como já demos a entender, é nos sites, nos conteúdos informativos e nas redes sociais que as pessoas comprovam o conhecimento dos profissionais e começam a desenvolver confiança nos médicos ou clínicas, a ponto de decidir marcar uma consulta. Todo esse processo, que conduz a pessoa ao consultório, tem por trás a ação do marketing de conteúdo.

Funciona mais ou menos assim: quando alguém decide fazer uma consulta com um especialista em oftalmologia, por exemplo, primeiro, vai pesquisar sobre os profissionais que atendem na cidade e, possivelmente, os que estão mais próximos do local de trabalho ou de casa. Neste momento, caso o médico seja um dos que oferece conteúdo na internet a respeito do seu trabalho e demonstra conhecimento em sua área, a chance de a pessoa se tornar um paciente aumenta, pois isso gera nela um sentimento de confiança.

O conteúdo não é apenas sobre a formação dos profissionais ou a infraestrutura da clínica, apesar dessas informações também serem importantes. O melhor é que seja mais abrangente e ofereça orientações sobre como saber se está na hora de consultar-se com um oftalmologista, por exemplo, abordar os principais problemas de visão e informar sobre outras dúvidas que as pessoas normalmente possuem relacionadas ao assunto.

O compartilhamento de informações claras, corretas e que ajudam as pessoas a cuidar da própria saúde conferem ao profissional ou clínica uma certa autoridade e desperta nelas o interesse em serem atendidas por um médico que demonstra realmente compreender suas necessidades. É assim que o agendamento da consulta acontece e, uma vez satisfeitos, esses pacientes recomendam o médico para outras pessoas, que querem receber a mesma atenção. Novas consultas surgem dessa interação e a relação do médico com o paciente é fortalecida.

Marketing digital

Uma estratégia muito importante nesse processo é o marketing digital, feito na internet. Na rede, as possibilidades de ser visto e lembrado são quase infinitas e o número de pessoas que podem ser impactadas pelo conteúdo é enorme. Sem contar que, atualmente, as pessoas usam muito mais a internet para se informar do que outros meios.

Por isso, uma boa estratégia de marketing digital é tão importante. Ela é capaz de gerar credibilidade e alcançar, de forma certeira, seu público-alvo. É tudo o que um profissional e uma instituição da área da saúde busca: conquistar e fidelizar pacientes para expandir a assistência em saúde e construir uma carreira bem-sucedida.

Hoje em dia, o marketing digital é indispensável para quem deseja crescer ou fortalecer seu consultório ou clínica. Diferente do marketing convencional, no qual o investimento na produção de campanhas não têm um retorno preciso, o digital permite acompanhar o desenvolvimento das estratégias de maneira concreta. Sabe por quê?

Porque a internet, ao mesmo tempo que possibilita o diálogo com um número expressivo de pessoas, também torna possível conversar somente com quem realmente se quer falar. Por intermédio de estratégias de segmentação (por região, faixa etária, interesses, comportamento). Assim, consegue-se elaborar ações focadas nos resultados esperados e obter estatísticas detalhadas, em tempo real. Uma das vantagens desse dinamismo é poder alterar a estratégia conforme a necessidade.

Outro benefício do marketing na internet é a obtenção de dados minuciosos a respeito do comportamento das pessoas em relação ao conteúdo. É possível saber a quantidade de pessoas alcançadas, quantas leram e compartilharam um texto, a partir de que local, em qual horário e qual informação foi a que mais despertou interesse, possibilitando ações e investimentos mais assertivos, inclusive nos links patrocinados.

Leia também o nosso e-book gratuito: Marketing digital médico pós-pandemia – o que mudou?

Links patrocinados

Os links patrocinados são um termo genérico para publicidade digital. Sabe os primeiros resultados que aparecem na busca do Google, aqueles que contêm uma tarja verde e a palavra “Anúncio” na frente da URL do site? Esse é um exemplo de uma das principais formas de anúncio online, chamado Google Ads. São anúncios pagos por clínicas ou profissionais que querem aparecer entre as primeiras opções de pesquisa do buscador quando a pessoa digita a palavra relacionada ao seu serviço.

 Ao clicar nele, você acessa as informações de um anunciante, planejadas para fornecer o conteúdo sobre o assunto pesquisado e um canal para contato e/ou aquisição do serviço, que é definido como CTA.

Os links patrocinados complementam as estratégias, principalmente quando os esforços estão concentrados na conquista de novos pacientes. São um recurso viável do Google (e também de outras mídias, como o Facebook, Instagram e o Youtube, por exemplo) para fortalecer a presença digital, ainda mais nos tempos atuais, quando passamos mais tempo conectados pelas facilidades que a internet possibilita.

A eficácia dos links patrocinados é proporcional ao investimento que se faz. Como assim? Bom, o tempo em que os links permanecem visíveis varia de acordo com o valor que se decide investir neles. Essa conta é simples: quanto maior o investimento, mais tempo o anúncio permanece no ar e maiores são as probabilidades de se obter retorno com ele.

Palavras-chave

Caso esteja pensando em anunciar pelo Google Ads, vale planejar antes o investimento a ser feito para ter um bom resultado. Por exemplo, definindo as palavras-chaves a serem utilizadas, pois o custo das mais usadas é mais alto se comparado às de menor uso.

A escolha da palavra-chave errada também pode fazer com que o anúncio não dê retorno em função da concorrência. O uso frequente de uma palavra-chave por muitos anunciantes não só aumenta o seu valor, como torna maior o número de concorrentes. Com a concorrência alta, pode ser que seu anúncio não se destaque, apesar do investimento.

Às vezes, a melhor estratégia para anunciar no Google é buscar o diferencial. Descobrir o que você faz que as outras clínicas ou médicos não fazem e investir nisso. A mudança de abordagem talvez exija um investimento menor e conceda um resultado melhor a partir dos links patrocinados. É uma questão de estratégia,  a qual você deve estar disposto a planejar para obter retorno.

O anúncio no Google ou em outros meios digitais pode promover o agendamento de consultas, assim como todas as outras estratégias sobre as quais discorremos acima. Mas, tão ou mais importante do que conquistar novos pacientes, é mantê-los. Portanto, o médico que quer um paciente qualificado, fidelizado e não deseja ter muita rotatividade no consultório, tem de pensar, também, no marketing de relacionamento.

Ouça o nosso podcast sobre como definir o orçamento de uma estratégia de marketing.

Marketing de relacionamento

O bem mais valioso para qualquer médico ou clínica são os relacionamentos que desenvolve com os pacientes, colaboradores, profissionais encaminhadores e parceiros, fornecedores e distribuidores. O capital de relacionamento é a soma do conhecimento, experiência e confiança que há perante as pessoas. Esse capital vale mais do que os ativos físicos e determinam o real valor do serviço.

A construção de um relacionamento mais confiável e perene é um desafio para os médicos. Principalmente porque o perfil de público atual demanda um atendimento mais integrado, particular e individualizado, em que há espaço para uma interação maior com os médicos e acesso mais fácil às próprias informações de saúde.

Particularmente na área da saúde, em que o contato humano é a base de todos os serviços prestados, o relacionamento no marketing médico se torna ainda mais importante. Por isso, ações como pesquisa e monitoramento de satisfação dos pacientes, programas de fidelização, pesquisa de clima organizacional, treinamento de atendimento para colaboradores e estratégias de fidelização de encaminhadores são excelentes maneiras de atuar no marketing de relacionamento.

No entanto, tenha atenção! Toda campanha de marketing depende de uma boa estrutura de apoio. Uma bom ou mau atendimento da recepção pode significar o sucesso ou o fracasso de toda a estratégia. É preciso estar preparado para receber o seu público.

O primeiro contato com o paciente é o cartão de visitas do médico ou da clínica. O mau atendimento, neste momento, torna descartável todo o investimento feito até aqui. E o que você quer é exatamente o oposto, certo? Gerar uma experiência tão positiva ao ponto de que a pessoa se transforme em “vendedora”, ao contar para as outras pessoas o quão bom foi consultar-se com você e recomendar seus serviços.

Então, planeje como comprometer toda a equipe nisso, já que não apenas a experiência que o usuário terá com você no consultório é capaz de determinar sua fidelidade, mas a soma de todos os momentos experienciados. Nesse contexto, é válido o investimento em qualificação, tanto das equipes médicas, como do pessoal de atendimento. Uma equipe atenciosa, ágil e preparada também influencia no relacionamento com o paciente.

Leia também: Curso para recepcionista – confira a importância para a sua instituição

Realmente funciona?

Se você chegou até aqui, já sabe exatamente o que fazer para que o planejamento seja efetivo. Mas, no fim das contas, o que você quer saber é se o marketing médico realmente funciona, certo?

A resposta é sim, ele funciona. Quando bem feito, é capaz de alavancar o consultório ou a clínica. E mensurar o retorno é bem fácil. Para isso, existem alguns indicadores importantes, como:

    • Custo de Aquisição do Cliente (CAC);
    • Retorno sobre o Investimento (ROI, sigla em inglês);
    • Índice de satisfação, através da Pesquisa de Satisfação do Paciente.

Acompanhar os indicadores de resultados é parte importante da estratégia. As três formas que sugerimos são algumas das mais utilizadas, porque permitem uma maior percepção sobre o que está dando certo e o que precisa ser modificado no planejamento. São mensurações diferentes, que apontam para onde está indo o investimento, demonstram se o retorno está sendo satisfatório e o que precisa ser modificado.

Custo de Aquisição do Cliente (CAC)

O CAC é a soma de todo o investimento realizado para aumentar o número de atendimentos. Inclui:

    • os gastos com marketing (seja o salário do colaborador contratado para a função ou o investimento feito na contratação de uma agência de marketing);
    • o valor da produção de conteúdo (para blogs e redes sociais, por exemplo);
    • o investimento em mídias pagas (canais usados para divulgar o conteúdo, o consultório ou clínica, e o valor direcionado para os links patrocinados).

O cálculo é feito da seguinte maneira: digamos que o valor mensalmente usado em todos esses recursos seja de R$ 5.000,00 e você conseguiu, com isso, 50 novos atendimentos. Para calcular o Custo de Aquisição do Cliente basta dividir o valor em R$ pelo número de atendimentos novos:

5.000/50 = 100

Resultado do CAC é R$ 100. Para saber se esse é um bom resultado em termos de CAC, você precisa analisar o retorno que esse atendimento vai lhe dar no período de acompanhamento ou enquanto a pessoa se considerar sua paciente.

O objetivo é que o valor do CAC seja menor do que esse retorno. Quer dizer que se você investe R$ 100 em ações de marketing para conquistar um novo paciente, o valor que este paciente direcionar ao seu atendimento ou ao tratamento feito com você deve ser superior a R$ 100.

Retorno sobre o Investimento (ROI)

O ROI (sigla em inglês, para Return On Investiment) também é uma métrica que permite avaliar se o investimento realizado está gerando resultado. A fórmula de cálculo é simples. Diminui-se os ganhos dos custos e divide-se o resultado também pelos custos. É mais fácil de entender visualizando a fórmula:

(Retorno do Investimento – Custo do Investimento) / Custo do Investimento

Uma das coisas mais importantes para poder calcular o ROI é ter bem estabelecido quais são os seus objetivos. A partir disso é que se definem os investimentos que serão realizados.

Por exemplo, vamos supor que você investiu R$ 5.000,00 para anunciar no Google e teve um retorno de R$ 20.000,00 em procedimentos realizados. Isso significa que o ROI é de 300% ((20.000-5.000)/5.000=3) e que para cada R$ 1 que você investe nessa mídia, recebe R$ 3 de retorno.

Pesquisa de Satisfação do Paciente

Outro recurso que funciona muito bem para mensurar o resultado é realizar a pesquisa de satisfação do paciente. Uma metodologia simples e eficaz para efetuar a pesquisa é a Net Promoter Score® ou NPS®.

Grandes corporações têm usado a ferramenta para verificar a satisfação das pessoas em relação aos serviços que oferecem e hospitais, clínicas ou consultórios de qualquer porte também podem utilizá-la. A pesquisa consiste em duas perguntas bem simples:

    • “em uma escala de 0 a 10, o quanto você ficou satisfeito com o atendimento, sendo 0 nada satisfeito e 10 extremamente satisfeito?”
    • “conte-nos o que motivou esta pontuação?”

A nota determina o nível de satisfação das pessoas com os seus serviços de saúde. A pontuação de:

    • 0 a 6 significa que elas estão insatisfeitas e que provavelmente se tornarão detratoras da sua marca;
    • 7 e 8, que estão satisfeitas e podem ser classificadas como pacientes neutros, ou seja, nem promovem nem detratam sua marca;
    • 9 e 10, que estão extremamente satisfeitas e se tornarão promotoras da sua marca.

A partir da nota de cada pessoa, é feita a média final, que serve de base para elaborar ou reestruturar as ações. O cálculo para se chegar a esse indicador diminui o percentual de pessoas que com certeza recomendariam seus serviços do percentual de pessoas que disseram que são muito baixas as chances de fazerem uma recomendação. Para facilitar essa conta, criamos esta Planilha de Cálculo de Satisfação do Paciente (NPS).

Cada percentual alcançado tem um significado diferente:

    • entre 75 e 100, significa que o seu serviço de saúde está na zona de excelência;
    • entre 50 e 74, que está na zona de qualidade;
    • entre 0 e 49, que está na zona de aperfeiçoamento;
    • entre -100 e -1, que está na zona crítica.

Com os resultados em mãos, é possível reavaliar o planejamento para fazer os ajustes indicados pela mensuração. Um tempo depois de executá-los, é preciso refazer os cálculos ou a pesquisa para medir se as modificações atingiram o objetivo e se ainda há algo a ser reestruturado. Essa análise e readequação deve ser constante para que os resultados sejam, de fato, eficazes.

Veja um resumo de tudo em nossa live sobre a construção de estratégias de sucesso no marketing.

Posso fazer marketing médico?

Não é antiético o médico ou a clínica se preocupar com a visibilidade. É errado fazer isso sem considerar o que preconiza o Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a publicidade médica ou o papel social que os profissionais da saúde desempenham.

O que o(s) médico(s) faz(em) se enquadra na categoria de negócios sociais. São atividades, com ou sem fins lucrativos, que geram impacto na sociedade. O importante é lembrar-se do compromisso social, muito mais do que da lucratividade. É garantir que os ganhos advenham de forma ética e não em detrimento de alguém ou algum ponto na cadeia de valor.

O marketing médico ajuda o profissional a se posicionar no mercado, definir como quer atuar e a traçar estratégias eficientes para alcançar os objetivos. Sabemos que na área da saúde, usar táticas de marketing pode ser uma dificuldade. Então, para ajudar, não só produzimos este artigo como também os e-books Guia de Marketing para Clínicas Médicas e Inbound Marketing: como aplicá-lo na área da saúde, com dicas sobre como fazer um marketing na área da saúde de resultado.

Se mesmo assim ainda tiver dificuldade para elaborar e executar seu planejamento, lembre-se que estamos à disposição para tomar um café e conversar. Conheça um pouco mais sobre a E-Saúde:

Não se esqueça do offline

Não é segredo para ninguém que a presença online é fundamental. É por isso que estamos falando sobre tudo isso do marketing digital.

Todavia, não se esqueça da parte offline: após conhecer e marcar a consulta, o paciente precisa comprovar que toda a qualidade que ele viu nas redes é verdadeira “no mundo real”. Portanto, além do treinamento da sua equipe, também cuide do espaço do hospital ou clínica. Atente-se ao conforto da sala de espera e ofereça formas de distração para as pessoas, como TV, revistas, livros e WiFi.

Outra sugestão interessante é criar um espaço do café. Já para as crianças, uma brinquedoteca será ótima para que os pequenos não fiquem entediados (ou até com medo do médico). São detalhes que podem parecer pequenos, mas fazem toda a diferença na satisfação do paciente e na possibilidade dele recomendar a instituição para outras pessoas.

Uma última coisa do marketing: o investimento

O marketing é um investimento de grande importância para os negócios. E é justamente desta forma como deve ser visto: um investimento, e não uma despesa.

Para ficar mais fácil de compreender porque reforçamos esse conceito, vamos fazer uma analogia: grande parte das clínicas e consultórios médicos possuem um sistema de gestão para manter os prontuários dos pacientes organizados, gerenciar os horários das consultas e afins. A contratação desse serviço deve ter sido feita para facilitar o trabalho e haver mais tempo para se dedicar a outras questões, ou não?

O marketing é a mesma coisa: uma ferramenta com a finalidade de melhorar o negócio como um todo, o que também inclui a lucratividade. A concepção de que marketing é uma despesa sem retorno atrapalha no crescimento da clínica ou consultório.

Talvez esse entendimento esteja relacionado ao fato de que os resultados do marketing não são necessariamente imediatos. Em geral, surgem com o passar dos meses. No entanto, quando bem planejado, executado e monitorado, o investimento em marketing pode garantir a sustentabilidade e gerar mais e melhores oportunidades.

Lembre-se que o retorno é proporcional ao quanto se investe. O ideal é reservar entre 5% a 20% do faturamento mensal nas iniciativas de marketing para que elas sejam eficazes.

Somos especialistas em analisar o que está sendo feito e apontar as ferramentas mais adequadas para que você cresça e conquiste grandes objetivos. Converse com um de nossos consultores sobre as soluções em marketing ideais para você.

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Autor: CEO de E-saúde Marketing
É CEO na E-saúde Marketing. Formada em economia, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas e Mestre em Administração pela UDESC. Trabalha com marketing digital e marketing em saúde há 15 anos.
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