Saiba como criar uma persona clínica

CEO de E-saúde Marketing
É CEO na E-saúde Marketing. Formada em economia, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas e Mestre em Administração pela UDESC. Trabalha com marketing digital e marketing em saúde há 15 anos.
30 de junho de 2024
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Saiba como criar uma persona clínica

Para oferecer serviços a alguém, é preciso conhecer as necessidades e desejos dessa pessoa. O mesmo é válido para o ramo da saúde e, por esse motivo, existe a necessidade de definir a persona clínica.

Trata-se da descrição do “paciente ideal” da sua instituição de saúde, ou seja, para quem você se prepara todos os dias para cuidar. Nessa caracterização, vários detalhes estão presentes, desde os mais técnicos até os subjetivos.

No entanto, como fazer essa definição? É isso o que iremos mostrar neste material. Continue a leitura e descubra!

Por que ter uma persona clínica?

Criar a persona clínica está entre os primeiros passos da estratégia de marketing médico, tanto nas ações online quanto nas offline. Afinal, é a partir das características desse paciente que você irá decidir vários aspectos.

Estamos falando dos símbolos utilizados na identidade visual, da linguagem dos materiais, assuntos a serem tratados, valores e convênios atendidos, localização da clínica e estruturação do espaço interno, entre várias outras decisões.

Por exemplo: você é um endocrinologista que deseja focar na assistência a pacientes com diabetes. Assim, os textos, vídeos e demais conteúdos que publicar em seu site e redes sociais precisam abordar temas sobre essa condição. Já no mundo offline, você pode adaptar os lanches oferecidos na clínica para versões sem açúcar. Percebeu como a persona impacta em tudo?

Qual a diferença do público-alvo?

Antigamente, no meio do marketing, era comum falar em “público-alvo”. No entanto, esse termo aborda uma definição mais simples. Geralmente, há apenas a descrição de gênero, idade e classe social.

Já a persona clínica envolve detalhes que influenciam nos vários processos de decisão, inclusive as angústias e vontades, que irão determinar a escolha ou não daquela pessoa pelo seu atendimento.

Informações que não podem faltar na sua persona clínica

Determinados dados não devem estar presentes na descrição da persona clínica, pois eles são a base das suas futuras ações de marketing. Veja a seguir.

Gênero, idade e condição socioeconômica

De início, é preciso rastrear as informações mais simples, como verificar se você atende mais mulheres ou homens, qual a faixa etária dessas pessoas, onde moram, com o que trabalham e qual a média salarial.

Em meio a isso, também vale investigar se esse público é casado, tem filhos, mora sozinho ou não, entre outras características da vida em sociedade.

Histórico e hábitos de saúde

Obviamente, não pode faltar a verificação mais precisa sobre as condições de saúde. Por isso, veja se sua persona clínica tem comorbidades, quais tratamentos já realizou e com qual frequência costuma marcar consultas e exames.

Verifique ainda como são os hábitos rotineiros de cuidados: esses pacientes praticam exercícios físicos? Alimentam-se bem? Como é o sono? Vivem estressados? Fazem automedicação?

Principais queixas e necessidades da sua persona clínica

Neste tópico, é preciso se aprofundar sobre as características mais detalhadas da saúde do seu paciente ideal. Voltando ao caso do endocrinologista focado em diabetes, é possível checar se as pessoas que procuram atendimento já convivem com a doença há muito tempo ou se o diagnóstico é recente.

Quais são as principais dificuldades delas? Não conseguem controlar os níveis glicêmicos? Lidam com as sequelas? Ou descobriram recentemente que são diabéticas e estão com medo do que podem enfrentar?

A partir disso, você também encontrará quais são os desejos dessas pessoas, por exemplo, o de ter o apoio profissional a longo prazo para manter uma boa qualidade de vida.

O uso das plataformas online

Outras informações que fazem toda a diferença nas estratégias são as que envolvem o uso das plataformas online, como site, blog e redes sociais. A partir disso, você poderá definir onde será sua presença mais marcante.

Afinal, quando sua persona clínica usa mais o Instagram, é lá que você precisa publicar com mais afinco. Também verifique se há preferência para conteúdos mais longos ou curtos, vídeos, textos, imagens, etc.

Aproveite para analisar ainda como essas pessoas utilizam recursos tecnológico, como a inteligência artificial. Elas se sentem à vontade em agendar uma consulta por um chatbot? Ou preferem ligar e conversar com a equipe de recepção?

Portanto, veja como cada característica impacta na forma como você irá moldar a divulgação da sua clínica e os atendimentos prestados.

Como coletar as informações?

Após conhecer as informações que não podem faltar na definição da sua persona clínica, saiba que, para obtê-los, é possível utilizar diversos modos. No offline, você pode entregar formulários na própria sala de espera da clínica.

Já virtualmente, existem as opções de encaminhar e-mails marketing, mensagens por SMS, Whatsapp ou deixar o formulário no site. Contudo, trabalhe para que esses dados permaneçam protegidos e em sigilo. Também só entre em contato se tiver a permissão do paciente, a fim de não desrespeitar as normas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Como ficará sua persona clínica

No início deste material, explicamos que a persona clínica é mais complexa do que a descrição do público-alvo. Isso fica claro quando o resultado das pesquisas é um texto abrangente, que irá guiar cada ação do marketing da instituição. Veja um exemplo:

Ana Maria Cardoso tem 55 anos, é casada, possui dois filhos já adultos e que não moram mais com ela. Trabalha como contadora de uma grande empresa, em período integral, e vive em um bairro de classe média alta da cidade. 

Recentemente, descobriu que possui diabetes tipo 2, durante um check-up de rotina com o ginecologista. Logo, com o auxílio de seu plano de saúde, iniciou a monitoração diária da glicemia em casa e o uso de insulina, quando necessário. Também procurou ajuda nutricional para mudar a alimentação.

Mesmo com esses cuidados, Ana Maria tem dificuldade de controlar os níveis glicêmicos, sofrendo com fraquezas e tonturas. Além disso, também existe o medo de sequelas cardiovasculares e das outras complicações sobre as quais ela costuma ler em suas pesquisas no Google e no Facebook. 

Por isso, decidiu procurar um endocrinologista que atue com foco em pacientes diabéticos. Ela acredita que, com o apoio de um especialista, conseguirá informações mais precisas sobre a doença e um “porto seguro” a quem recorrer sempre que tiver dúvidas.

Com essa descrição detalhada, você saberá como é o paciente que procura seus atendimentos e, assim, poderá definir as condutas específicas para ajudá-lo. Consequentemente, as chances de fidelizá-lo aos seus cuidados serão maiores.

Gostou de aprender sobre esse assunto? Caso tenha restado alguma dúvida, não pense duas vezes e venha conversar com nossa equipe. Clique aqui e entre em contato.

CEO de E-saúde Marketing
É CEO na E-saúde Marketing. Formada em economia, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas e Mestre em Administração pela UDESC. Trabalha com marketing digital e marketing em saúde há 15 anos.
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