A tecnologia está mudando totalmente a forma que as pessoas se comunicam, estudam, interagem e cuidam do seu corpo e da sua mente. Um exemplo disso é a realidade virtual na saúde que, apesar de ser um conceito que ainda está evoluindo, tem grande potencial.
Índice
A realidade virtual, de forma geral, ainda está muito associada ao futuro do entretenimento. Mas a verdade é que essa inovação terá grande impacto em todas as áreas e em diversas atividades.
Quer saber mais sobre a realidade virtual na saúde, entender tudo que já foi feito e quais são os potenciais para o futuro? Então continue lendo esse artigo que preparamos sobre o assunto.
O conceito de realidade virtual
Antes de falarmos sobre a realidade virtual na saúde, é importante entender mais sobre esse conceito. Assim como nome indica, há a criação de um mundo que não é real para nós. Ou seja, é um “universo” com cenários, personagens e outros elementos visuais e sonoros criados.
Dessa forma, com os equipamentos corretos, é possível imergir nessa realidade, inclusive interagir com ela.
Vale ressaltar que essa imersão ocorre porque, a grosso modo, toda realidade é virtual para o nosso cérebro. Tudo que vemos no dia a dia são representações criadas a partir de sinais que os órgãos sensoriais recebem e nosso cérebro processa depos. Então, a realidade virtual simula esses mesmos estímulos, dando a sensação de que realmente existem. Para nós, os sinais do que é físico e do que é virtual são os mesmos.
A partir dessa tecnologia, é possível criar estímulos para beneficiar as pessoas de diversas formas, indo muito além do entretenimento.
A realidade virtual na saúde
A realidade virtual na saúde ainda está sendo explorada e não se sabe tudo que poderá ser feito a partir dessa tecnologia. Mas, atualmente, os principais destaques vão para:
A possibilidade de simular cirurgias
A realidade virtual para a saúde possibilita a aprendizagem de forma mais completa, desde a formação inicial até uma especialização. Usando os óculos de RV, os médicos podem realizar cirurgias com alto grau de realismo, o que não seria possível por meio dos métodos tradicionais.
A tecnologia também traz mais segurança, uma vez que o estudante poderá simular diferentes situações para se preparar para os procedimentos reais.
De acordo com o professor Romero Tori, da escola Politécnica da USP, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, os simuladores podem ajudar a desenvolver habilidades e conhecimentos, tanto quanto seria pelos métodos tradicionais.
O auxílio no tratamento de doenças mentais e no combate ao estresse
Outra aplicação da realidade virtual na saúde é no auxílio ao tratamento de doenças mentais e no combate ao estresse. Essa ideia foi apresentada pela primeira vez em 2017 em um evento paralelo ao Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade.
Nesse evento, uma empresa chamada Time Inc. apresentou um braço de realidade virtual, que tinha o objetivo de contribuir para o relaxamento e a redução do estresse em pessoas de diversos perfis. Outra empresa, a Life VR, mostrou a extensão de uma ferramenta já existente, a Lumen, que permite que cada pessoa crie sua própria floresta.
A Lumen é um aplicativo de realidade virtual já usado pela Universidade de Stanford para auxiliar em tratamentos. A instituição aplica o relaxamento virtual na preparação de crianças para cirurgias de alta complexidade. A ferramenta também pode ser usada para reduzir o estresse.
De acordo com o neurocientista Walter Greenleaf, de Stanford, em entrevista ao Estado de S. Paulo, a realidade virtual é também eficiente no auxílio de doenças mentais e no tratamento de vícios.
Mais recentemente, a realidade virtual na saúde foi ressignificada a partir da criação do metaverso. Um exemplo disso é o retiro Alo Sanctuary, que focava no bem-estar mental imersivo para promover relaxamento e descanso com aulas de yoga com avatares.
Essa são apenas algumas das muitas aplicações que serão possíveis, seja em casa ou em uma instituição de saúde com o devido acompanhamento médico.
Distração durante serviço de saúde
Outra aplicação da RV é para distrair crianças durante os serviços de saúde. No mesmo evento citado acima, uma empresa brasileira chamada Ogilvy apresentou um aplicativo de realidade virtual que cria um avatar para crianças, distraindo elas durante a vacinação.
Mais recentemente, a Universidade de Washington criou um jogo chamado Snoworld para estimular os sentidos dos pacientes enquanto realizam procedimentos que causam dor, como a limpeza de feridas de queimaduras.
Redução de dor
A realidade virtual na saúde também auxilia a reduzir as dores durante procedimentos ou tratamentos. Entre as principais aplicações, podemos citar:
-
doenças, como problemas gastrointestinal, cardíaco, pós-cirúrgico e neurológico.
Isso ocorre porque o cérebro recebe muitos outros estímulos e acaba “esquecendo” do desconforto sentido.
Desenvolvimento social
Outra aplicação da realidade virtual na saúde é voltada a pacientes com autismo para promover o desenvolvimento social. Por meio de simulações, a Universidade do Texas criou situações em que o paciente precisa interagir com pessoas e fazer atividades regulares, como compras no supermercado e pegar ônibus, por exemplo.
Dessa forma, os médicos conseguem entender como os pacientes se sentem e auxiliar na tomada de decisão.
O futuro ainda promete muito mais e veremos essa tecnologia ser aplicada em diversos serviços da saúde. Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Entre em contato conosco para falar com um especialista e discutir mais a realidade virtual na medicina.