O futuro da saúde está atrelado a um conceito chamado eHealth. Ele tem como objetivo integrar as tecnologias de informação e os processos de comunicação, revolucionando a forma como as instituições de saúde falam, atendem e auxiliam os seus pacientes.
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Essa indústria é uma das que mais crescem no mundo. Isso é uma consequência das mudanças do próprio setor, que está sempre evoluindo. Vale ressaltar que esse crescimento ficou ainda maior durante a pandemia, quando o isolamento social obrigou as clínicas a atualizarem os seus processos.
De acordo com um estudo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e da Bain & Company, as principais mudanças relacionadas ao setor de saúde são:
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novo perfil de consumo, que traz mais responsabilidade e voz para os pacientes escolherem quando, como e onde desejam receber atendimento;
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atendimentos centrados no paciente;
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consolidação da telemedicina e
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ampliação da automação e do uso de dados.
Todos eles estão diretamente ligados com o conceito de eHealth. Para falar mais sobre o tema, criamos esse artigo baseado em uma entrevista do consultor internacional em estratégias de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde, Guilherme S. Hummel, à revista Saúde Web. Continue lendo e confira.
A indústria de eHealth
Desde o início deste século, as Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (TICSs) vêm se mostrando poderosas aliadas para a geração de valor nos sistemas de saúde, tanto públicos quanto privados.
A eHealt, então, nada mais é do que a utilização efetiva e eficiente das TICSs na área médica voltada a melhorar a qualidade do atendimento médico, focando nas suas necessidades, nos desejos e no bem-estar dos pacientes.
O crescimento da eHealth
Existe um componente que vem acelerando o processo de adoção de eHealth dentro da Cadeia de Assistência à Saúde: o crescimento exponencial da utilização de aplicações de Saúde, chamados de mobile health.
Esses aplicativos são utilizados por pacientes, conhecidos como ePatient, que tiveram más experiências no passado, o que criou descrédito e desconfiança ao longo do tempo. Dessa forma, são eles que estão pressionando os sistemas de saúde a promover mudanças e melhorar os seus processos.
No contexto da pandemia, essa pressão também teve origem entre os pacientes que não se sentiam seguros para realizar suas consultas regulares e migraram para os atendimentos digitais.
As mudanças propostas por esse conceito
A cadeia de assistência, geralmente governada por profissionais da comunidade médica, é reativa às mudanças, principalmente quando estas envolvem perda de poder, ou redução de prestígio. Mas tudo isso está mudando, mais rapidamente em alguns países e menos em outros (como o Brasil).
O conceito de eHealth quebra paradigmas, remove obstáculos culturais e desocupa catedrais de imobilismo que desde a revolução industrial fizeram do setor de saúde uma das áreas mais atrasadas da administração humana.
Países como Índia, Paquistão, Chile (sem falar dos grandes como França, Alemanha, Canadá, etc.) estão obtendo excelentes resultados usando soluções de eHealth para diversos processos, como:
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controle de endemias;
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gestão de medicamentos e
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administração efetiva de patologias crônicas.
Sempre é bom lembrar que a tecnologia por si só não resolve nada. É preciso ter recursos humanos para promover mudanças reais. Mas, sem a inovação, nada será operacional em escala.
Um grande exemplo da revolução na vida das pessoas e na saúde foi a populaização das teleconsultas durante a pandemia. Entre maio de 2020 e de 2021, foram feitas mais de 2,5 milhões de consultas à distância no Brasil. Com o fim do isolamento social, as consultas presenciais voltaram, mas ainda há alguns pacientes que irão aderir a esse tipo de atendimento pela comodidade que ele oferece, especialmente entre aqueles que têm problema de mobilidade ou moram longe das áreas urbanas.
Vale ressaltar que a teleconsulta jamais substituirá completamente a presencial, mas será de enorme relevância para fortalecer a relação entre os médicos e os pacientes. Afinal, por meio dela é possível trazer informações sobre doenças, fazer o diagnóstico de algumas enfermidades e propor mudanças no tratamento.
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Além das consultas digitais, a eHealth também possibilita outras melhoras nos processos, como:
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uso de equipamentos para monitoramento remoto;
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criação de prontuário eletrônico do paciente;
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utilização de ferramentas de suporte à decisão clínica;
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criação de um call center voltado à medicina;
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otimização do sistema de gestão hospitalar e
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registro nacional unificado para os pacientes.
Como consequência de tudo isso, os profissionais da saúde poderão aumentar a sua remuneração por meio das consultas complementares, melhorar a gestão de forma geral e ainda reduzir os seus custos para dar assistência aos pacientes. Outro grande benefício, se não o maior de todos, é a melhora da experiência do paciente, que ficará satisfeito com o atendimento e, provavelmente, se fidelizará.
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O futuro da eHealth
A “Primavera da Saúde” começou em alguns países há algumas décadas exigindo transformação. É difícil imaginar que não teremos um sistema mais justo, com uma atenção mais efetiva, depois dela. Certamente outros problemas virão, mas é preciso resolver pelo menos os mais antigos para pensarmos nos novos.
As TICSs instrumentalizam os atores, promovem o relacionamento entre eles e ajudam a reduzir (ou ao menos controlar) a crescente espiral de custeio. Um pensamento do pesquisador Ramalingaswami: “É necessário mais dinheiro para a saúde, mas é preciso, sobretudo, mais saúde para cada unidade de dinheiro investida”.
Todas essas tecnologias são apenas o início da eHealth. Com a evolução dos equipamentos e dos conceitos, mais possibilidades surgirão para melhorar de forma contínua o atendimento médico e suprir as novas necessidades e desejos dos pacientes.
É preciso buscar esse processo de melhoria contínua para a sua clínica permanecer forte no mercado e ganhar destaque entre todas as outras.
Vale ressaltar que a capacitação dos colaboradores, sejam eles recepcionistas, médicos, enfermeiros ou outros profissionais da saúde, torna-se indispensável. A partir do momento em que se utiliza uma nova ferramenta ou se modifica a metodologia de trabalho, é essencial garantir que todas as pessoas do time entendam essa tecnologia e tenham tempo para se adaptar a ela.
Afinal, como já falado anteriormente, os recursos humanos são fundamentais dentro de qualquer instituição de saúde, mesmo com a automação dos processos e o investimento pesado em inovação.
Ainda ficou com alguma dúvida sobre eHealth ou quer saber mais sobre esse conceito tão importante para todos que trabalham no setor de saúde? Então, entre em contato conosco e converse com um especialista.