Marketing Médico: como desenvolver uma estratégia de resultados?

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Marketing Médico: como desenvolver uma estratégia de resultados?

Atualizado em: 22/04/2024 | Publicado em: 07/01/2020

Se você é um profissional da saúde, saiba que o marketing médico é fundamental para conhecer e aplicar na sua clínica, consultório ou hospital, a fim de aumentar o retorno financeiro e melhorar a visibilidade.

Estamos falando do marketing especializado na área da saúde, ou seja, qualquer ação que você ou sua equipe realiza ao estruturar o relacionamento com seu paciente, incluindo a etapa de captação, atendimento e pós-atendimento. Não entendeu? Vamos exemplificar.

Digamos que você seja o administrador, diretor ou sócio de uma clínica de oftalmologia, que tem como objetivo estratégico tornar-se referência regional e fidelizar os pacientes. O que poderia ser feito para alcançar essa meta?

  • executar uma ação de comunicação, a fim de ganhar visibilidade na imprensa ou na internet para atrair novos pacientes;
  • revisar se o equipamento e a infraestrutura da clínica estão adequados ao bom atendimento;
  • qualificar a identidade visual e atuação online;
  • capacitar a equipe para torná-la excelente no atendimento às pessoas;
  • engajar-se em uma campanha para promoção da saúde e prevenção de doenças;
  • contratar uma agência especializada para elaborar e executar um plano estratégico, alinhado ao objetivo (tornar a clínica conhecida).

Como é possível perceber, o conceito é amplo e vai muito além da simples divulgação. Na verdade, engloba todas as facetas. É como se tudo (identidade visual, infraestrutura, site, conteúdo, equipe, comunicação e afins) fizesse parte de um grande quebra-cabeça em que as peças precisam estar bem moldadas para se encaixar e atingir a meta final.

Existem alguns truques e estratégias infalíveis que você precisa conhecer quando fala-se deste tipo de segmento, além de aplicações certeiras para o ramo. Neste artigo, iremos mostrar como você pode começar. Acompanhe!

Afinal, o que é marketing médico?

Você notou que é mais do que uma simples publicação nas redes sociais. O termo engloba diversas ações que ajudam na melhor percepção das pessoas sobre o trabalho de um profissional ou instituição de saúde.

Dessa forma, é possível aprimorar a autoridade médica na Internet, destacar-se perante a concorrência e marcar a presença no mercado. Conheça algumas premissas importantes:

  1. não serve apenas para atrair novos pacientes, mas também é fundamental para fidelizá-los;
  2. pode ser muito útil para divulgar informações coerentes e reais sobre saúde;
  3. é importante que esteja relacionado a um bom atendimento presencial, para que a eficiência do serviço seja completa, do início ao fim.

Vale ressaltar que existem diferenças com o marketing convencional. A principal delas é que, no marketing médico, não vemos as pessoas como clientes, como acontece no tradicional (normalmente utilizado na comunicação das grandes redes de varejo). Tratamos as pessoas como elas são: pacientes que têm questões a resolver e precisam solucioná-las, preferencialmente com uma assistência de qualidade e humanismo.

As estratégias também se modificam. Diferentemente do marketing convencional, que aborda  o público-alvo de maneira que pode até ser considerada invasiva (como acontece com as propagandas veiculadas na televisão e rádio, por exemplo), nesse caso, o foco é oferecer a informação para quem busca por ela, o que se torna mais fácil e assertivo com os mecanismos de busca da internet.

O que fazemos é unir os serviços em saúde às pessoas que precisam deles por meio do uso de um conjunto de plataformas que, quando utilizadas corretamente, são efetivas para alcançar os resultados esperados.

Leia também: Cerca de 94% dos brasileiros buscam informações sobre saúde na Internet

As vantagens do marketing médico

Além do que já mencionamos, o marketing na saúde é capaz de trazer algumas vantagens importantes para profissionais e instituições da área da saúde:

  • proporciona um melhor relacionamento com o público, o que permite um vínculo de confiança;
  • promove o aumento o fluxo de pacientes, em especial, do perfil pré-determinado pelo médico ou instituição;
  • desenvolve maior autoridade e reconhecimento de marca;
  • acarreta na visibilidade dos serviços prestados.

Com as estratégias certas, o profissional ou instituição irá se posicionar de forma diferenciada no mercado, o que é capaz de não só atrair pacientes, mas fidelizar e fazer com que essas pessoas propaguem os benefícios de se consultar com aquele médico ou naquele local.

Serve para todas as especialidades?

A resposta para essa pergunta é sim, qualquer especialidade pode fazer uso do marketing médico! Porém, tenha atenção: é preciso cuidado para realizá-lo de forma ética, analisando sempre o grau de sensibilidade de cada área.

Clínicas de oftalmologia, dermatologia e fisioterapia, por exemplo, são muito mais abertas às ações. Por outro lado, especialidades como oncologia e psiquiatria provocam extrema sensibilidade no público, já que tratam de doenças graves — como o câncer e a demência — ou de situações delicadas — como a recuperação de dependentes químicos.

Nesses casos, as ações devem ser sutis e discretas, com uso do bom senso. Por isso, ao contrário de outras situações, o marketing de uma clínica não pode ser feito por qualquer agência, mas por uma que seja especializada nesse ramo.

Como começar no marketing médico?

Sempre que falamos em marketing, a palavra-chave é “estratégia” e isso não é diferente quando as ações são destinadas para profissionais e instituições da saúde. Então, vamos listar a seguir os principais passos para iniciar. Confira:

Conheça seus pacientes

O perfil do paciente que você tem e/ou quer ter é o insumo básico, a primeira coisa que se precisa ter bem definida. É com base nesse conhecimento que se torna possível desenvolver estratégias que fomentem esse público, antecipem suas necessidades e surpreenda-o ao satisfazê-lo sem que uma palavra tenha sido mencionada a respeito.

As chances da relação de troca se estabelecer e ser perene são maiores quando o perfil de público e o que ele efetivamente deseja e necessita estão conectados. A fidelização depende da estratégia de gestão na saúde estar alinhada às expectativas das pessoas.

Faça entrevistas

Para descobrir quem são seus pacientes, faça entrevistas, a fim de entender a faixa etária da maioria do público, situação econômica, profissão, estado civil, composição familiar, o que busca ao estar ali e outras informações que possam interessar para construir o ‘paciente ideal’.

A conversa deve ser um diálogo aberto, sem roteiro. Uma dica é deixar a pessoa contar-lhe a história dela, anotar o que considerar importante e questionar quando surgir alguma informação que desperte curiosidade (método conhecido como design thinking).

Elabore a identidade visual

A frase “uma imagem diz mais do que mil palavras” traduz a importância de uma identidade visual bem elaborada. Ela deve despertar em quem a vê a sensação correta e transmitir os diferenciais e valores que se quer ter reconhecidos. Também precisa estar presente em tudo o que estiver relacionado ao seu trabalho (placas de identificação, cartão de visita, receituário, site, redes sociais e afins), respeitando uma uniformidade e coerência visual.

A identidade visual é extremamente importante e uma das primeiras coisas a ser analisada na construção da estratégia. Esses podem ser reformulados para se adequar ao objetivo ou então ser criados, de acordo com os valores que se quer ter identificados (confiança, modernidade, etc.). Com tudo isso certo, segue-se para o próximo passo: a presença online.

Crie um site: o passo essencial para o marketing médico

Aqui há duas questões a serem pensadas:

  1. o médico ou a clínica não possui site;
  2. existe um site, mas está desatualizado.

Qualquer uma das situações não é boa para uma estratégia que se espera que seja eficaz. Imagine se a clínica de oftalmologia (que usamos de exemplo no começo do texto) não possuir um site, como ela será encontrada, por mais que tenha bons profissionais?

Esta situação, provavelmente, já aconteceu com você. Um paciente seu o recomendou para um conhecido. Esta outra pessoa quis marcar uma consulta e, para isso, fez uma busca sobre você no Google, na esperança de encontrar seu site, contendo o número do seu telefone. No entanto, o único local em que ele conseguiu o seu contato foi em uma dessas páginas que funcionam como listas telefônicas de serviços médicos, que não possuem nenhuma outra informação a seu respeito.

Talvez, sem poder conhecer melhor o seu serviço naquele momento da busca e sem a recomendação do seu paciente, o conhecido teria desistido de agendar a consulta. Percebeu como o site é importante?

A página na Internet é uma ferramenta que serve como âncora para cada parte do plano, em que é possível demonstrar seu conhecimento e preocupação com o bem-estar das pessoas por meio das informações que compartilhar ou disponibilizar.

Leia também: 6 itens que não podem faltar em um site médico

Como criar o primeiro conteúdo de marketing médico?

Você se planejou e cumpriu com as etapas que mencionamos anteriormente, agora precisa colocar suas ideias em prática. Como fazer isso? É possível utilizar as seguintes estratégias:

Marketing digital para impulsionar site e redes sociais

Uma estratégia essencial nesse processo é o marketing digital que, como o próprio nome indica, é feito na Internet. Na rede, as possibilidades de ser visto e lembrado são quase infinitas e o número de pessoas que podem ser impactadas pelo conteúdo é enorme.

Por isso, boas estratégias são essenciais, tanto no site quanto nos seus perfis nas redes sociais, como Instagram, Facebook, Youtube, Tik Tok e muito mais. O planejamento correto é capaz de gerar credibilidade e alcançar, de forma certeira, seu público-alvo. É tudo o que um profissional e uma instituição da área da saúde busca: conquistar e fidelizar pacientes para expandir a assistência em saúde e construir uma carreira bem-sucedida.

Afinal, a  Internet, ao mesmo tempo que possibilita o diálogo com um número expressivo de pessoas, também torna possível conversar somente com quem realmente se quer falar. Por intermédio de estratégias de segmentação (por região, faixa etária, interesses, comportamento). Assim, consegue-se elaborar ações focadas nos resultados esperados e obter estatísticas detalhadas, em tempo real. Uma das vantagens desse dinamismo é poder alterar a estratégia conforme a necessidade.

Outro benefício do marketing online é a obtenção de dados minuciosos a respeito do comportamento das pessoas em relação ao conteúdo. É possível saber a quantidade de usuários alcançados, quantos leram e compartilharam um texto, a partir de que local, em qual horário e qual informação foi a que mais despertou interesse, possibilitando ações e investimentos mais assertivos, inclusive nos links patrocinados.

Leia também: Os pilares do marketing digital – conteúdo, social e relacionamento

Marketing de conteúdo

Como já demos a entender, nos sites, nos conteúdos informativos e nas redes sociais que as pessoas comprovam o conhecimento dos profissionais e começam a desenvolver confiança nos médicos ou clínicas, a ponto de decidir marcar uma consulta. Todo esse processo, que conduz a pessoa ao consultório, tem por trás a ação do marketing de conteúdo.

Funciona mais ou menos assim: quando alguém decide fazer uma consulta com um médico oftalmologia, por exemplo, irá pesquisar sobre os profissionais que atendem na cidade e, possivelmente, os que estão mais próximos do local de trabalho ou de casa. Neste momento, caso o médico seja um dos que oferece conteúdo na internet a respeito da sua especialidade e demonstra conhecimento em sua área, a chance de a pessoa se tornar um paciente aumenta, pois isso gera nela um sentimento de confiança.

O conteúdo não é apenas sobre a formação dos profissionais ou a infraestrutura da clínica, apesar dessas informações também serem importantes. O melhor é que seja mais abrangente e ofereça orientações sobre como saber se está na hora de consultar-se com um oftalmologista, abordar os principais problemas de visão e informar sobre outras dúvidas que as pessoas normalmente possuem relacionadas ao assunto.

O compartilhamento de informações claras, corretas e que ajudam as pessoas a cuidar da própria saúde confere ao profissional ou clínica uma certa autoridade e desperta nelas o interesse em serem atendidas por um médico que demonstra realmente compreender suas necessidades. É assim que o agendamento da consulta acontece e, uma vez satisfeitos, esses pacientes fazem a recomendação para outras pessoas, que querem receber a mesma atenção. Assim, novas consultas surgem dessa interação.

Links patrocinados no marketing médico

Os links patrocinados são um termo genérico para publicidade digital. Sabe os primeiros resultados que aparecem na busca do Google, aqueles que contêm uma tarja verde e a palavra “anúncio” na frente da URL do site? Esses são exemplos de uma das principais formas de anúncio online, chamado Google Ads. São pagos por clínicas ou profissionais que querem aparecer entre as primeiras opções de pesquisa do buscador, quando a pessoa digita a palavra relacionada ao seu serviço.

Ao clicar nele, você acessa as informações de um anunciante, planejadas para fornecer o conteúdo sobre o assunto pesquisado e um canal para contato e/ou aquisição do serviço, que é definido como “call to action” (CTA). Os links patrocinados complementam as estratégias, principalmente quando os esforços estão concentrados na conquista de novos pacientes. São um recurso viável do Google (e também de outras mídias, como o Facebook, Instagram e o Youtube, por exemplo) para fortalecer a presença digital.

A eficácia dos links patrocinados é proporcional ao investimento que se faz. Como assim? Quanto maior o investimento, mais cliques o anúncio recebe e maiores são as probabilidades de se obter retorno com ele.

Palavras-chave

Caso esteja pensando em anunciar pelo Google Ads, vale planejar as palavras-chaves a serem utilizadas, pois o custo das mais usadas é maior se comparado às de menor uso. Estamos falando dos termos que os pacientes mais buscam quando procuram por serviços como os seus.

A escolha da palavra-chave inadequada também pode fazer com que o anúncio não dê retorno em função da concorrência. Além disso, o uso de uma combinação de termos aplicados por muitos anunciantes não só aumenta o seu valor, como torna maior o número de concorrentes. Com a concorrência alta, pode ser que seu anúncio não se destaque, apesar do investimento.

Às vezes, a melhor estratégia para anunciar no Google é buscar o diferencial. Descobrir o que você faz que as outras clínicas ou médicos não fazem e investir nisso. A mudança de abordagem talvez exija um valor menor e conceda um resultado melhor a partir dos links patrocinados. É uma questão de estratégia, pela qual você deve estar disposto a planejar para obter retorno.

O anúncio no Google ou em outros meios digitais pode promover o agendamento de consultas, assim como todas as outras metas sobre as quais discorremos acima. Contudo, tão ou mais importante do que conquistar novos pacientes, é mantê-los. Portanto, o médico que quer um paciente qualificado, fidelizado e não deseja ter muita rotatividade no consultório, tem de pensar, também, no marketing de relacionamento.

Ouça o nosso podcast sobre como definir o orçamento de uma estratégia de marketing.

Marketing de relacionamento

O bem mais valioso para qualquer médico ou clínica são os relacionamentos que desenvolve com os pacientes, colaboradores, profissionais encaminhadores e parceiros, fornecedores e distribuidores. Tudo isso é a soma do conhecimento, experiência e confiança que há perante as pessoas. Esse capital vale mais do que os ativos físicos e determinam o real valor do serviço.

A construção de um relacionamento mais confiável e perene é um desafio para os médicos. Principalmente porque o perfil de público atual demanda um atendimento mais integrado, particular e individualizado, em que há espaço para uma interação maior com os médicos e acesso mais fácil às próprias informações de saúde.

Particularmente na área da saúde, em que o contato humano é a base de todos os serviços prestados, o relacionamento no marketing médico se torna ainda mais importante. Por isso, ações como pesquisa e monitoramento de satisfação dos pacientes, programas de fidelização, treinamento de colaboradores e estratégias que envolvam os encaminhadores são excelentes maneiras de atuar no marketing de relacionamento.

No entanto, tenha atenção! Toda campanha depende de uma boa estrutura de apoio. Um bom ou mau atendimento da recepção pode significar o sucesso ou o fracasso de toda a estratégia. É preciso estar preparado para receber o seu público.

O primeiro contato com o paciente é o cartão de visitas. Uma má percepção, neste momento, torna descartável todo o investimento feito até aqui. Você quer é exatamente o oposto, certo? Gerar uma experiência tão positiva ao ponto de que a pessoa se transforme em “vendedora”, ao contar para as outras pessoas o quão bom foi consultar-se com você e recomendar seus serviços.

Então, planeje como comprometer toda a equipe nisso, já que não apenas a experiência que o usuário terá com você no consultório é capaz de determinar sua fidelidade, mas a soma de todos os momentos experienciados. Nesse contexto, é válido o investimento em qualificação, tanto das equipes médicas, como do pessoal da recepção. Uma equipe atenciosa, ágil e preparada também influencia no relacionamento com o paciente.

Confira aqui o nosso curso de atendimento para recepcionista.

Não se esqueça de humanizar sua clínica

Com todas essas estratégias, não deixe de lado a humanização dos cuidados oferecidos. Para isso, publique no seu site fotos dos médicos, técnicos, enfermeiros e demais funcionários da clínica ao invés de usar fotografias de modelos, que soa artificial.

Os pacientes se sentirão mais confortáveis ao perceberem que estão em um ambiente humanizado. Eles querem saber quem são os profissionais por trás daquela instituição. Também tenha atenção à parte offline: atente-se ao conforto da sala de espera e ofereça formas de distração para as pessoas, como TV, revistas, livros e WiFi.

Outra sugestão interessante é criar um espaço do café. Já para as crianças, uma brinquedoteca será ótima para que os pequenos não fiquem entediados (ou até com medo do médico). São detalhes que podem parecer banais, mas fazem toda a diferença na satisfação do paciente e na possibilidade dele recomendar a instituição para outras pessoas.

Entenda mais em nosso podcast: Integração de marketing online e offline

Marketing Médico: como desenvolver uma estratégia de resultados?

Quais canais de comunicação devo utilizar?

São vários os canais de comunicação que podem ser utilizados e, observe que, quanto maior a quantidade deles, maior será a cobertura de mercado e mais altos serão os índices de conversão. Assim sendo, o acréscimo de canais propicia visibilidade, desde que a informação contida neles seja atual e de alta credibilidade.

Dessa maneira, qualquer que seja a quantidade de canais empregados, é preciso integrá-los para construir um sistema eficiente. O uso, ou não, de cada um deles vai depender do perfil do público alvo, que precisa estar bem definido antes mesmo de se iniciar qualquer campanha na web.

Como fazer tudo funcionar?

O marketing médico envolve muitos detalhes e tarefas. Por isso, é comum surgir a angústia de acreditar que não é possível dar conta de fazer tudo! A boa notícia é que existem ferramentas de gestão para auxiliar, algumas delas são gratuitas ou de baixo custo.

Outra opção é buscar por uma agência especializada, como a E-Saúde, que conhece cada detalhe do marketing da área da saúde e consegue guiar o profissional pelos caminhos mais adequados para atingir os objetivos estabelecidos.

O marketing médico realmente funciona?

Se você chegou até aqui e notou a importância do marketing para a área da saúde, mas ainda está pensando se realmente funciona? A resposta é sim! Quando bem feito, é capaz de alavancar o consultório ou a clínica.

Mensurar o retorno também é essencial. Para isso, existem alguns indicadores importantes, como:

  1. Custo de Aquisição do Cliente (CAC);
  2. Retorno sobre o Investimento (ROI, sigla em inglês);
  3. Índice de satisfação, por meio da Pesquisa de Satisfação do Paciente.

Essas três formas que sugerimos são algumas das mais utilizadas, porque permitem uma maior percepção sobre o que está dando certo e o que precisa ser modificado no planejamento. São mensurações diferentes, que apontam para onde está indo o investimento. Entenda mais nos próximos tópicos.

Custo de Aquisição do Cliente (CAC)

O CAC é a soma de todo o investimento realizado para aumentar o número de atendimentos. Inclui:

  • os gastos com marketing (seja o salário do colaborador contratado para a função ou o investimento feito na contratação de uma agência de marketing);
  • o valor da produção de conteúdo (para blogs e redes sociais, por exemplo);
  • o investimento em mídias pagas (canais usados para divulgar o conteúdo, o consultório ou clínica e o valor direcionado para os links patrocinados).

O cálculo é feito da seguinte maneira: digamos que o valor mensalmente usado em todos esses recursos seja de R$ 5.000,00 e você conseguiu, com isso, 50 novos atendimentos. Para calcular o Custo de Aquisição do Cliente basta dividir o valor em R$ pelo número de atendimentos novos: 5.000/50 = 100.

Resultado do CAC é R$ 100. Para saber se esse é um bom número, você precisa analisar o retorno que esse atendimento vai lhe dar no período de acompanhamento ou enquanto a pessoa se considerar sua paciente.

O objetivo é que o valor do CAC seja menor do que esse retorno. Quer dizer que se você investe R$ 100 em ações de marketing para conquistar um novo paciente, o valor que este paciente direcionar ao seu atendimento ou ao tratamento deve ser superior a R$ 100.

Retorno sobre o Investimento (ROI)

O ROI (sigla em inglês, para Return On Investiment) também é uma métrica que permite avaliar se o investimento realizado está gerando resultado. A fórmula de cálculo é simples: diminui-se os ganhos dos custos e divide-se o resultado também pelos custos. É mais fácil de entender visualizando a fórmula:

(Retorno do Investimento – Custo do Investimento) / Custo do Investimento

Uma das coisas mais importantes para poder calcular o ROI é ter bem estabelecido quais são os seus objetivos. A partir disso é que se definem os investimentos que serão realizados.

Por exemplo, vamos supor que você investiu R$ 5.000,00 para anunciar no Google e teve um retorno de R$ 20.000,00 em procedimentos realizados. Isso significa que o ROI é de 300% ((20.000-5.000)/5.000=3) e que para cada R$ 1 que você investe nessa mídia, recebe R$ 3 de retorno.

Pesquisa de Satisfação do Paciente

Outro recurso para mensurar o resultado é a pesquisa de satisfação do paciente. Uma metodologia simples e eficaz para efetuar é a Net Promoter Score® ou NPS®, que consiste em duas perguntas:

  • “em uma escala de 0 a 10, o quanto você ficou satisfeito com o atendimento, sendo 0 nada satisfeito e 10 extremamente satisfeito?”
  • “conte-nos o que motivou esta pontuação?”

A nota determina o nível de satisfação das pessoas com os seus serviços de saúde. A pontuação de:

  • 0 a 6 significa que elas estão insatisfeitas e que provavelmente se tornarão detratoras da sua marca;
  • 7 e 8, que estão satisfeitas e podem ser classificadas como pacientes neutros, ou seja, nem promovem nem detratam sua marca;
  • 9 e 10, que estão extremamente satisfeitas e se tornarão promotoras da sua marca.

A partir da nota de cada pessoa, é feita a média final, que serve de base para elaborar ou reestruturar as ações. O cálculo para se chegar a esse indicador diminui o percentual de pessoas que com certeza recomendariam seus serviços do de pessoas que disseram que são muito baixas as chances de fazerem uma recomendação. Para facilitar essa conta, criamos esta Planilha de Cálculo de Satisfação do Paciente (NPS).

Cada percentual alcançado tem um significado diferente:

  • entre 75 e 100, significa que o seu serviço de saúde está na zona de excelência;
  • entre 50 e 74, que está na área de qualidade;
  • entre 0 e 49, que está na zona de aperfeiçoamento;
  • entre -100 e -1, que está na fase crítica.

Com os resultados em mãos, é possível reavaliar o planejamento para fazer os ajustes indicados pela mensuração. Um tempo depois de executá-los, é preciso refazer os cálculos ou a pesquisa para medir se as modificações atingiram o objetivo e se ainda há algo a ser reestruturado. Essa análise e readequação deve ser constante para que os resultados sejam, de fato, eficazes.

Ouça também: O impacto da análise de dados no Marketing em Saúde

O marketing médico é aprovado pelo Conselho Federal de Medicina?

O Conselho Federal de Medicina (CFM) incentiva a divulgação responsável do trabalho de um profissional ou instituição de saúde que, além de atrair pacientes, busca repassar informações de qualidade sobre saúde para a população.

Porém, a entidade regulamenta as práticas de publicidade, com a ressalva de que se mantenha o respeito à ética da profissão. As atuais diretrizes do CFM estão disponíveis na Resolução nº 2.336/23. Clique aqui e leia.

As normas tiveram atualizações importantes, por exemplo, a permissão de publicar fotos de antes e depois de procedimentos. No entanto, é necessário não expor o paciente e manter o caráter educativo, sem sinais de autopromoção.

Outra autorização é a divulgação de preços de consultas e modos de pagamento, mas os valores de tratamentos ainda precisam ser combinados com o paciente apenas após a avaliação médica.

São vários detalhes que precisam ser cumpridos para não ferir a ética da medicina. Portanto, o melhor é contar com o auxílio de especialistas para não correr o risco de ter contratempos nos Conselhos Regionais de Medicina.

Quero começar a fazer marketing médico!

Depois de conhecer todas essas informações e vantagens do marketing médico, você quer dar início às estratégias para alavancar a sua instituição? Saiba que nós, da E-saúde, ficaremos felizes em ajudar nessa missão!

Somos uma agência com quase 15 anos de experiência nas ações de marketing voltadas para a saúde e contamos com uma equipe especializada no assunto. Assim, você não precisará se preocupar com os aspectos técnicos e complexos, como alguns que mencionamos neste material.

Já atendemos mais de 300 clientes, com cerca de 1 bilhão de pessoas impactadas pelos nossos conteúdos! São dados impressionantes, mas não são apenas números. Na verdade, é a nossa forma de conectar profissionais e pacientes para levar mais saúde a todos!

Venha nos conhecer e fazer uma avaliação específica do seu negócio. Logo, você verá o seu marketing decolando!

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Autor: CEO de E-saúde Marketing
É CEO na E-saúde Marketing. Formada em economia, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas e Mestre em Administração pela UDESC. Trabalha com marketing digital e marketing em saúde há 15 anos.
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